As personagens de Shakespeare nunca são confináveis a qualquer esquematismo, histórico ou outro, nem se esgotam nos limites da ideologia, e é por isso que nos interessam como construções artísticas. Em Henrique IV (Parte I) a personagem mais presa às simplificações da história é precisamente o rei, embora mesmo este se revele suficientemente problemático para suscitar o nosso interesse. Mas é nas restantes personagens principais que Shakespeare mais completamente opera a transmutação do material histórico em matéria artística: a matéria da epopeia, da tragédia e da comédia.
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